
Desde os seus primórdios até à atualidade o telefone móvel passou de um dispositivo para efetuar chamadas a algo mais abrangente, englobando as aplicações móveis.
Nesta era onde a tecnologia se encontra espalhada por todo o lado, a preço acessível e onde o telemóvel é imprescindível no dia-a-dia das pessoas, surge uma aplicação para telemóvel que pretende obter aceitação mundial, a m-wallet.
Esta tecnologia possibilita um meio de pagamento, o armazenamento da maioria dos conteúdos das carteiras físicas no telefone móvel (e.g. cartões de crédito, de débito, de fidelização, passaportes, cartão de crédito, cartão de débito, códigos PIN, carta de condução, cartões de fidelização, etc.); a obtenção de serviços baseados em localização ou contextuais; publicidade dirigida a dispositivos móveis; entre outros. Pode ainda utilizar diferentes formas de comunicação, tais como a NFC, a RFID, o reconhecimento visual, os QR codes, o SMS, o USSD, entre outras.
A m-wallet já está implementada em Portugal?
Algumas empresas já começam a dar os primeiros passos, como é o caso da PT que lançou um projeto-piloto para pagamentos através do telefone móvel – a TMN Wallet – nos seus edifícios, para os seus colaboradores; a Optimus, que em parceria com a Nespresso, lançou um serviço que permite aos seus colaboradores efetuar o pagamento de cafés nas máquinas de venda automática do edifício da Optimus; e da Cardmobili, que possui o serviço de Mobile Wallet Cloud e oferece uma solução completa de digital e mobile wallet para fidelização, ofertas e pagamentos.
Mas será que em Portugal a m-wallet resultará? Terá sucesso?
De acordo com um estudo efetuado em Portugal pode-se concluir que apesar deste país estar em recessão económica, a população portuguesa na sua maioria está disposta a utilizar a m-wallet, logo, prevê-se que tenha sucesso (82%).
Qual será o consumidor português de m-wallet?
Um produto deve surgir num determinado mercado devido às necessidades do consumidor e não é o consumidor que tem de adaptar as suas necessidades ao produto que a indústria decidiu lançar. Também, pelo fato do consumidor ter comportamentos que variam de mercado para mercado há que ter em conta qual é o tipo de consumidor para cada mercado.
Assim, a título de curiosidade, o consumidor potencial de m-wallet é do sexo feminino, com idade compreendida entre 25 e 64 anos, residente na região Norte, com habilitação literária de Ensino Superior, auferindo um rendimento líquido mensal entre 475€ e 1000€ e com ocupação profissional de empregado por conta de outrem.
Quais as razões que influenciam o uso da m-wallet, i.e., que levam as pessoas a utilizá-la? E quais as razões que as podem deixar mais reticentes?
As principais razões obtidas no estudo que influenciam a intenção de uso da m-wallet em Portugal foram: a utilidade percebida, a facilidade de uso percebida, o custo percebido, a confiança, a conveniência, a segurança percebida/privacidade, a idade, o rendimento líquido mensal, o local de residência, as habilitações literárias e a ocupação profissional do indivíduo.
No que respeita às razões que podem deixar o consumidor mais reticente no uso da m-wallet em Portugal são: a falta de segurança, o surgimento de vírus ou malware, a possibilidade de roubo de telefone móvel e de fraude.
Para que finalidades o potencial consumidor português prefere utilizar a m-wallet?
O potencial consumidor português de m-wallet quer utilizar esta wallet para receber cupões e descontos, para guardar cartões de sócio, pagar compras com dinheiro eletrónico e para guardar bilhetes de viagem (avião, comboio, etc.).
Sara Teixeira
Fonte: Teixeira, Sara (2013). A intenção de Uso da M-Wallet pelo Consumidor Português. Dissertação de Mestrado, Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto – Instituto Politécnico do Porto, Porto, 2013
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