
Uma característica comum das etiquetas NFC é que estas, de forma geral, não podem ser dobradas de modo a que a sua antena não se estrague e inutilize a tag.
Esse pequeno inconveniente está prestes a mudar, tendo sido já criadas antenas NFC totalmente flexíveis.
O segredo? Algo chamado grafeno, o material mais fino, leve e forte que conhecemos, e que é também flexível, impermeável e um excelente condutor de eletricidade, dando assim um candidato perfeito para constituir a próxima geração de antenas NFC.
Pesquisa feita no CNR-ISOF – parceiro italiano da Graphene Flagship – mostrou que é possível usar o material grafeno para produzir antenas NFC completamente flexíveis, através da combinação de caracterização de material, modelagem digital e engenharia do dispositivo, criando uma antena com performance equivalente às das antenas metálicas.
Estas antenas de grafeno são quimicamente inertes, extremamente resistentes a dobragens, e podem ser colocadas em diferentes substratos poliméricos standard ou tecidos de seda.
Vincenzo Palermo, líder da área de pesquisa de Compostos Poliméricos da Graphene Flagship e líder do grupo do laboratório de Nanoquímica do Instituto de Síntese Orgânica e Fotoreatividade do Conselho Nacional de Pesquisa (CNR), diz: “Um dos principais objetivos da tecnologia moderna é substituir os metais por materiais mais leves, mais baratos, menos consumidores de energia e mais recicláveis. Devido à sua combinação única de propriedades superiores, o grafeno pode ser usado para produzir antenas NFC totalmente flexíveis. ”
Palermo refere ainda que estas antenas, no futuro, poderão ser práticas para aplicação na produção de wearables, por exemplo.
Diana Cavadas
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