
Alimentado por novos formatos de anúncios e grandes aquisições feitas pelo Facebook e outros gigantes da web, o Mobile Marketing afirmou-se definitivamente em 2014, deixado para trás o estatuto de “eterna promessa”.
Os smartphones e os tablets tornaram-se tornaram-se o foco principal da maioria das marcas digitais, quer por via do messaging, do vídeo, de anúncios ultra-segmentados ou de compras simplificadas.
Os números finais do ano mostram que o investimento em mobile marketing a nível global ultrapassou os 27 mil milhões de euros, mais do que se gastou nos Estados Unidos em jornais, revistas e rádio somados. Simultaneamente, um relatório da Forrester Research prevê que o mobile capture cerca de 40% da totalidade do investimento em publicidade digital até 2019.
Quais foram então as principais conquistas no Mobile Marketing do ano que agora terminou?
O Vídeo torna-se o formato de eleição para os anúncios móveis
2014 foi o ano em que o Instagram começou a permitir anúncios patrocinados em vídeo, com a Disney, a Lancôme e a Banana Republic a serem as primeiras marcas a aproveitar a oportunidade.
Para além do Instagram (comprado pelo Facebook), também o Twitter e o Tumblr começaram a oferecer novas ferramentas de vídeo dirigidas aos utilizadores móveis.
O Twitter abraça o Social Commerce
No terceiro trimestre do ano passado, mais de 85% das receitas do Twitter (qualquer coisa como 230 milhões de euros), tiveram origem no Mobile.
Em setembro, o Twitter estreou um botão de “Compre” que as marcas podem ligar aos seus tweets de forma a aumentar as vendas. Marcas como a Burberry ou a Red foram das primeiras a lançar as suas campanhas.
Os Beacons começam finalmente a aparecer nas grandes lojas americanas
A tecnologia iBeacon da Apple já foi lançada em 2013, mas foi só no ano seguinte que se começou a tornar mais presente, quando marcas como a Timberland ou a cadeia de hotéis Marriott começaram a utilizá-la.
Esta tecnologia permite às marcas enviar notificações para os telemóveis dos consumidores quando estes se aproximam de uma determinada localização, tendo as marcas aumentado novamente o investimento em aplicações móveis para aproveitar esta capacidade.
O Facebook abre o acesso aos dados dos seus 1.3 biliões de utilizadores
A nova plataforma Atlas ad server do Facebook dá aos anunciantes a possibilidade de segmentar anúncios sem necessidade de usar cookies, o que sempre foi uma das grandes dificuldades de anunciar em mobile. A Google e a Apple responderam com tecnologia semelhante, e a grande questão para 2015 será perceber se alguma delas consegue ultrapassar as fronteiras da sua própria rede e estabelecer-se como o player dominante na captura e organização dos perfis de utilização móvel dos consumidores.
Os pagamentos móveis tornam-se mais comuns, com a chegada da Apple Pay
A empresa de Cupertino troxe uma nova escala aos pagamentos via telemóvel, com a introdução de NFC no iPhone 6. Em alguns países já é possível pagar com Apple Pay em lojas como Nike e McDonalds.
Desde o final do ano os marketers podem utilizar também links para pagamento nos anúncios iAd, encurtando cada vez mais a distância entre a comunicação e a compra.
Anúncios para instalar Apps, agora também no Google e Twitter
2014 foi o ano em que a Google e a Twitter começaram a permitir anúncios que promovem instalação de Apps, como já fazia o Facebook. Com o aumento dos orçamentos alocados ao mobile, não terá sido então uma grande surpresa ver que o custo por install continuou a subir.
A Realidade Virtual tornou-se móvel
A realidade virtual já é falada há muito tempo, mas foi após a compra da Oculus pelo Facebook em março que a tecnologia voltou novamente à ribalta.
Algumas marcas já começaram a testar a criação de conteúdo para este novo formato. A Volvo criou mesmo o primeiro “test drive virtual” no telemóvel, associada a uma edição especial dos óculos “Google Cardboard”.
O Snapchat lança anúncios que se auto-destroem
O Snapchat, plataforma de mensagens que se extinguem ao fim de algum tempo, é mais popular com o público adolescente que o Facebook ou o Twitter. Afinal, quem é que quer estar na mesma rede que os pais e os avós?
Foi então de bom grado que as marcas mais orientadas a este público abraçaram a capacidade de criar anúncios que desaparecem ao fim de 24 horas, quer tenham sido vistos ou não.
Facebook aposta 17,4 mil milhões de euros no mobile
Se dúvidas houvesse sobre qual o sector onde colocar as fichas, Mark Zuckerberg dissipou-as definitivamente com a compra da App de mensagens Whatsapp.
Tendo-se comprometido inicialmente a manter a privacidade das mensagens dos utilizadores, ficará mais claro em 2015 como é que a operação será rentabilizada.
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