Não, este não é o nome de um novo filme centrado no mundo dos Pokémon. É na verdade uma referência à onda que tem varrido o mundo nos últimos dias e arrastado pessoas de todas as idades para as ruas, de smartphone e Pokébola na mão.
Este fenónemo viral tem-se mostrado – além de uma excelente forma de tirar as pessoas de dentro de casa e as fazer dar umas caminhadas saudáveis – uma verdadeira mina de ouro para os esforços de marketing de diversos negócios.
Dando uso a praticamente toda e cada funcionalidade única de um smartphone, como o GPS, a câmara e os sensores de posição, o Pokémon Go – criação da Niantic – incorpora Realidade Aumentada e centra-se em particular numa característica – a localização. Os jogadores têm de se deslocar no mundo real de forma a encontrar e capturar Pokémons, que aparecem no seu ecrã como se estivessem mesmo pousados em cima do sofã ou no meio de um jardim. Para os ajudar ao longo do caminho, existem “Pokéstops” (que fornecem items quando um jogador as visita) e “Ginásios”(onde os jogadores podem competir entre si).
Estes pontos de interesse podem ser em qualquer local, desde estações de comboios, monumentos, atrações turísticas, ou, precisamente, negócios, dependendo da região em que se estive a explorar. Assim, um pouco por todo o lado, estabelecimentos e marcas entram nesta senda e usam o jogo para atrair mais e novos clientes.
Uma característica que se revela extremamente vantajosa para os negócios é a possibilidade de atrair – literalmente – Pokémon e, consequentemente, jogadores para os seus estabelecimentos.
Isto deve-se a uma mecância específica do jogo, o “Lure Module” – um item que se pode associar a uma certa Pokéstop e que permite atrair Pokémons extra para essa localização durante 30 minutos. Esta opção pode ser comprada dentro da aplicação usando “Pokécoins” (que podem ser compradas com dinheiro real) e, depois de ativada, a localização irá aparecer assinalada nos mapas dos jogadores.
Se comprados em grandes quantidades, o custo de ficar, por exemplo, um dia inteiro com esses módulos ativos poderia ser facilmente compensado pelo retorno de investimento. Isto permite que os negócios tirem então o maior proveito das características do jogo, obedecendo às regras da app e criando algo que poderia ser considerado como publicidade nativa.
Até sítios que não tiveram a honra de serem escolhidos como Pokéstops ou Ginásios podem capitalizar com este fenómeno, se tiverem a sorte de ter uma Pokéstop na sua vizinhança, visto que o raio de atuação dos locais escolhidos é de cerca de 15 metros.
Considerando que a própria app está ainda em fase de crescimento e irá ainda melhorar e sofrer alterações, será interessante ver também como as estratégias de marketing destes negócios se irão ajustar a essas mudanças e ao aumento da popularidade do jogo.
Diana Cavadas
MobilityNow
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