Embora a tecnologia NFC possua um vasto leque de vantagens e aplicações que nos facilitam o quotidiano, principalmente a nível de pagamentos, existe um lado mais arriscado associado à sua utilização, e que merece, por isso mesmo, ser discutido para que se perceba a melhor forma de o mitigar.
Esse lado refere-se ao maior risco de roubo de identidade e hacking que os utlizadores de smartphones ou cartões com a tecnologia NFC correm. A startup australiana ARMOURCARD pegou nesse conhecimento e na informação de que “o custo anual do crime de identidade chega aos 2.2 mil milhões de dólares”, de acordo com o departamento da Procuradoria Geral da Austrália, e criou um dispositivo de proteção, à semelhança do que já tinham feito para cartões de crédito.
O risco em questão acontece porque esses “hackers de identidade”, estando na mesma área que potenciais alvos, conseguem aceder remotamente aos seus smarpthones através do sinal NFC (que mesmo estando desligado no telemóvel continua a emitir um sinal) e inserir código malicioso no telemóvel e assim utilizá-lo como uma forma de aceder às informações que lá estejam contidas. Esse código pode então criar o caos “ordenando” ao telemóvel para fazer algo remotamente, como por exemplo abrir um browser na vez seguinte que estiver numa zona WiFi, levando a um URL malicioso que engana o telemóvel de form a a que este faça um update ou um backup na nuvem.
Com vista a diminuir este risco diário para os utilizadores de smartphones NFC, a ARMOURCARD criou o Armourcell, um dispositivo que se pode colar na parte de trás do smartphone e que emite uma frequência de bloqueio (à semelhança do já existente Armourdcard, para cartões com de crédito e ePassports) que bloqueia o sinal NFC nesse telemóvel. Adicionalmente, tem também um botão que permite momentaneamente desativar a tecnologia de bloqueio, de forma a que seja possível usar o Tap and Go nos seus smartphones.
Se tiver um smartphone com NFC, será sempre recomendável pensar nestas questões e fazer os possíveis para diminuir os riscos inerentemente associados à utilização de uma tecnologia que é prática e inovadora mas, à semelhança de quase tudo, também (ainda) imperfeita.
Diana Cavadas
MobilityNow
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