Peter Zou, 29 anos, é o fundador da Yeahmobi, umas das maiores empresas de mobile marketing e publicidade do mundo. Com mais de 400 colaboradores e escritórios nos Estados Unidos, Europa e Ásia, ele e a sua plataforma acabam por ser uma ponte entre a China e o mundo, ajudando empresas Chinesas na sua expansão internacional, e também empresas de outras nacionalidades a entrarem no mercado chinês.
Em entrevista à Asia Times, Zou descreve como a sua criação opera:
“A Yeahmobi é uma empresa global que tem redes media que abrangem o mundo inteiro. Se estiver na nossa plataforma, pode conectar-se a meios de comunicação em todo o mundo visto que nós agregamos todos esses meios numa só plataforma.”
Zou refere ainda que a maior parte dos seus clientes são empresas chinesas, mas que também ajudam outras empresas a entrar em mercados diferentes, como por exemplo uma organização japonesa a querer entrar no mercado basileiro, e o seu negócio relaciona-se maioritariamente com adquirir utilizadores para apps ou plataformas mobile dos seus clientes: “Tipicamente, pode ser algo como a empresa A aborda-nos e pede-nos para adquirir utilizadores, com uma percentagem específica de utilizadores a serem retidos após um certo período de tempo, como por exemplo um mês. Depois ganhamos alguns dólares por cada utilizador adquirido.”
Peter Zou destaca ainda o choque de culturas como a maior dificuldade sentida pelas empresas chinesas mais tradicionais a tentar entrar em novos mercados: “No que toca a serviços, cultura ou conteúdo local que precisarão de ser localizados, e também ao lidar com governos locais em diferentes países, haverá um certo grau de dificuldade involvido quando se tenta entrar num mercado diferente.”
No entanto, esta dificuldade aplica-se também à situação inversa – empresas de fora a tentarem entrar no mercado chinês poderão sentir dificuldades pelas diferenças culturais e a nível de plataformas. Zou dá o exemplo de empresas de jogos mobile que habitualmente distribuam o s seus jogos na Google Play Store ou na Apple App Store; na China não existe Google Play Store, mas existem outras app stores para utilizadores de Android. “Essas empresas de fora não estarão familiarizadas com essas outras plataformas de distribuição, ou até com esse conceito.”
Para além disto, menciona ainda que existem na China diversas regulamentações a ter em conta e que a empresa necessitaria de ter as licenças e permissões necessárias das autoridades chinesas, e claro, existe ainda o contexto cultural local, que poderia implicar terem de adaptar para o mercado chinês as storylines do jogo ou até a forma como as personagens são desenhadas.
“Existe procura para empresas chinesas entrarem em mercados estrangeiros, mas as empresas estrangeiras também estão a tentar entrar no mercado chinês, já que a China é maior o mercado de consumo do mundo.” Zou conclui.
Quanto ao que o futuro reserva para a Yeahmobi, Peter Zou afirma o seu interesse nos mercados Europeu e Norte-Americano: “Estamos a considerar aquisições internacionais. A China, a Coreia-do-Sul e a Ásia Sudeste são mercados fortes para a nossa empresa, mas se estivermos a falar de mercados na América do Norte e Europa, simplesmente entrar neles é um pouco difícil, e é ainda mais difícil construir uma marca lá, mas estamos a considerar fazer algumas aquisições no mercado Europeu.”
Diana Cavadas
Redes Sociais
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