
O uso do NFC como forma de proteção da autenticidade de produtos premium e solução de marketing é uma vertente da sua utilização que já tem vindo a ser explorada à medida que a tecnologia vai ganhando mais destaque.
Podemos portanto afirmar que o NFC é uma ferramenta na luta contra a contrafação de produtos, e isto pode até aplicar-se no campo da numismática.
Nas palavras de contrafação de moedas – que é um problema já tão antigo quanto o hobby do colecionismo – tem conseguido sistematicamente contornar todas as medidas de segurança experimentadas (como números de série, micro printing, códigos QR, entre outros).
O problema reside no facto de estas soluções serem todas passíveis de serem forjadas, contornadas, ou serem simplesmente difíceis de usar. É aqui que entra em campo o NFC, ganhando vantagem pelas suas duas características essenciais: é fácil de usar e quase impossível de replicar.
A tecnologia de comunicação de curta distância, que é usada para fins tão diversos como controlo de acessos, identificação pessoal, bilhética e pagamentos móveis, poderia ser usada neste contexto de forma bastante simples. Bailey sugere:
“O TPG (Third Party Grader – entidade independente de serviços de certificação de moedas) poderia inserir uma tag NFC na etiqueta usada no slab (a caixa onde a moeda está guardada). A tag estaria pré-programada com um código únido identificativo aleatório e encriptado. O colecionador/utilizador faria o download grátis da app do TPG para o seu dispositivo móvel com NFC, e ao visitar uma loja ou exposição de moedas, ligaria a app. Sempre que estivesse interessado numa moeda, bastaria um toque do seu smartphone para verificar o código da mesma e certificar-se de que é autêntica.”
Bailey refere ainda que o ponto-chave neste sistema seria que a aplicação nunca mostraria o código de identificação da moeda, mostrando apenas uma resposta de sim ou não referente à moeda ser genuína. Dessa forma, alguém que tivesse adquirido a app para tentar saber os códigos e utilizá-los para fins de contrafação não conseguiria obter essa informação.
Se há coisa que parece ser certa, é o facto de a imaginação ser o limite no que diz respeito à aplicação de avanços tecnológicos a diferentes áreas e situações.
Diana Cavadas
Redes Sociais
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