Numa surpresa inesperada, o Professor Stephen Hawking, célebre físico teórico e cosmólogo britânico, discursou na noite da cerimónia de abertura do Web Summit 2017 (através de um broadcast vídeo), no seguimento das palavras e a convite do CEO da Feedzai e entrepreneur de Inteligência Artifical (IA), Nuno Sebastião.
“Estamos honrados que o Professor Hawking tenha aceite o convite da Feedzai para falar no Web Summit (…). É por isso que a Feedzai está tomar esta posição e a apoiar a existência de um código de ética de IA, onde todos nos comprometemos a construir sistemas que sejam justos, verificáveis, beneficiem a sociedade e não façam mal.”
Numa sala com lotação esgotada de 15.000 pessoas na Altice Arena, Hawking, gravado previamente em frente a um quadro e à beira de uma placa do evento, foi direto ao assunto e afirmou que, como já tinha dito antes, acredita que não existe diferença entre o que pode ser conseguido por um cérebro biológico ou por um computador e que, estando a sua teoria correta, se existe potencial ilimitado para o que a mente humana consegue aprender e desenvolver, então o mesmo se aplica à inteligência artificial, o que quer dizer que esta poderá, em teoria, emular a inteligência humana e consegui-la.
“Não podemos prever aquilo que poderemos conseguir fazer, quando as nossas próprias mentes estão amplificadas por IA. Talvez com as ferramentas desta nova revolução tecnológica consigamos desfazer alguns dos estragos causados ao mundo natural por causa da última, a industrialização. Tentaremos erradicar finalmente a doença e a pobreza. Cada aspeto das nossas vidas será transformado.”
Continuou com uma frase que fez a manchete de muitas notícias nas últimas 24 horas, devido ao seu carácter possivelmente preditivo.
“Resumidamente, criar IA eficaz com sucesso poderá ser o melhor acontecimento na história da nossa civilização – ou o pior. Simplesmente não sabemos.”
Hawkings citou ainda algumas das consequências negativas que podem advir da evolução da inteligência artifical, mas ainda assim manifestou o seu otimismo em relação ao futuro e aquilo que acredita ser necessário para não ocorrerem os perigos sobre os quais já tantos especularam.
“(…) Eu acredito que é possível criarmos IA para o bem do mundo. Que esta pode trabalhar em harmonia connosco. Precisamos simplesmente de estar cientes dos perigos, identificá-los, utilizar as melhores práticas e gestão possíveis, e preparar-nos para as suas consequências antecipadamente. Talvez alguns de vocês a ouvir hoje tenham já soluções ou respostas para as muitas questões que a IA levanta.”
Terminou o seu discurso com uma mensagem encorajadora, dizendo que “vocês têm o potencial de empurrar os limites do que é aceite, ou esperado, e pensar em grande. Estamos no limiar de um novo mundo. É um lugar entusiasmante, ainda que precário, e vocês são os pioneiros”.
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